Revista ZUM #8

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Revista Zum#8 

 

Nesta edição, a ZUM discute o uso da fotografia na obra de Regina Silveira através da série Brazil Today (1977), um conjunto de quatro cadernos de cartões-postais, publicados na íntegra, em que Regina intervém nas fotografias das paisagens brasileiras de forma crítica e irônica. Os 24 cartões surpreendem por tratar de um Brasil que, em muitos aspectos, se assemelha ao dos dias atuais. Na capa e nas páginas de abertura da ZUM #8, outro trabalho da artista relacionado à fotografia ganha destaque: a série Enigmas (1981), que combina a foto de um objeto cotidiano com a sombra de um outro objeto ampliada à maneira de um fotograma – as fotos foram adquiridas pelo MoMA recentemente. 

Outro destaque é um perfil crítico do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado feito pelo jornalista Francisco Quinteiro Pires. Partindo do recente Gênesis – projeto mais ambicioso de Salgado, transformado em livros, exposições e um documentário codirigido pelo cineasta Wim Wenders –, Quinteiro entrevistou especialistas para mapear as leituras contrastantes geradas pelo trabalho do fotógrafo: Salgado é visto como romântico, por alguns; e como explorador que estetiza o sofrimento, por outros. A matéria traz ainda uma análise do crítico de arte Rodrigo Naves: “Com uma ou outra exceção, o mundo que vemos através das lentes de Salgado é um mundo luminoso e leonardiano (sem os contrastes de Leonardo, é claro), um mundo em que o sfumato dissolve todos os confrontos naturais ou históricos”. 

Em conversa exclusiva com a ZUM, a fotógrafa norte-americana Nan Goldin fala sobre a carreira; a famosa série A balada da dependência sexual (1978-1996), em que retratou a cena underground nova-iorquina; a geração dizimada pela aids; os traumas familiares, como o suicídio da irmã; as polêmicas que acompanham seu trabalho; e suas referências artísticas. “Para ser sincera, não vejo muitos trabalhos de fotografia. Tenho mais mania por pintura, pintura medieval e renascentista. A fotografia contemporânea que mais me interessa no momento é a da África. Tem por lá um trabalho incrível em andamento.” A conversa foi conduzida pelo curador Philip Larratt-Smith. 

Organizador de uma coleção sobre a história do fotolivro, o crítico inglês Gerry Badger apresenta os livros em que a fotografia expressa seu verdadeiro potencial criativo: uma arte literária e narrativa, entre o filme e o romance. “A verdadeira importância do fotolivro é esta: menos do que escolher entre parede ou livro, se a fotografia é arte ou literatura – e por que não os dois? –, trata-se do lugar em que se acredita que a fotografia entoe sua canção mais plena e significativa.” Seu texto traz exemplos brasileiros, como o clássico fotolivro Amazônia, de Claudia Andujar